quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Quando a união faz a força.


Por Milton Boechat

- Governador Valadares é uma cidade permeada de histórias que englobam os mais diversos personagens, em sua maioria gente humilde, de hábitos simples e que carrega no sentimento de pertença local uma característica própria: Senso de solidariedade e participação mútua. Isso pode ser visto, como dito anteriormente, nos mais diversos aspectos e não seria diferente no âmbito comercial.

- Na mesa do valadarense sempre figurou uma infinidade de produtos, e dentre esses não poderia faltar as verduras e legumes oriundos de propriedades rurais da região quando não, do próprio quintal.
- Por ser tratar de uma cidade pólo, o crescimento populacional tornou-se um fato que acarretou algumas mudanças no costume da população. Na década de 50 com o crescimento populacional e as novas modalidades comerciais, diminuiu-se a produção de hortifrutigranjeiro que deram lugar à cultura do gado de corte e leite.
- Mesmo assim os produtores da agricultura familiar da região conseguiam produzir e vender suas mercadorias no comércio local e também diretamente ao consumidor. Esse comércio, geralmente, era feito nas ruas e sem a presença dos atravessadores. Como se diz no velho e bom jeito mineiro, muita água passou debaixo da ponte e com elas muitas mudanças surgiram...
- Em 2003, após longas discussões, debates, pesquisas e aprovações de projetos deu-se a concretização da FAF – Feira da Agricultura Familiar. Dentro das discussões burocráticas o sentimento de solidariedade falou mais alto e surgiu também a preocupação em dar apoio aos empreendimentos solidários urbanos que não tinham espaço para a comercialização.
- Em setembro de 2004 criou-se a Associação de Cooperativa Mista da Feira da agricultura Familiar Agroecológica –ACOMFAFA. Esta associação é composta por pessoas da zona rural e urbana, que cuidam desde a coordenação da feira até a venda dos produtos. Ela ocorre todas as sextas-feiras, na Rua José Luiz Nogueira, próximo ao Mercado Municipal. Ao todo são 18 barracas que comercializam hortaliças, legumes e frutas da época. Nesse espaço de gente humilde sobra tempo para uma preocupação por parte de cada um dos envolvidos: além de um preço melhor e que traz benefício de comercialização a cada feirante, eles oferecem aos consumidores da cidade produtos limpos e sem aditivos químicos. Percebe-se assim não somente o desejo de vender produtos mais sim de oferecer saúde.

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